Para Émile Durkheim, a compreensão da sociedade deve ser feita com base em um conjunto de ideias, continuamente alimentadas pelos homens que fazem parte dela, sendo a sociedade sempre superior ao indivíduo. Nesse contexto, ele criou características de análise, como coercitividade, exterioridade e generalidade.
Esses conceitos estão ligados a
A) Fato social.
B) Ética social.
C) Estrutura social.
D) Método social.
Karl Max criticava o capitalismo, pois para ele essa corrente defendia apenas o interesse pelo dinheiro e pela busca de bens materiais como principio motivador da vida do homem. No seu conceito social, esse interesse não deve ser dominante de uma sociedade. Em um dos conceitos sociológicos defendidos por Marx, a matéria em movimento é o elemento constitutivo fundamental do universo, diferentemente do idealismo dialético de Hegel.
Esse conceito marxista denomina-se
A) Método dialético.
B) Modo de produção.
C) Materialismo histórico.
D) Comunismo.
A) que as ideias são desenvolvidas por seres humanos reais e históricos.
B) o estudo dos fatos sociais enquanto coisas exteriores aos indivíduos.
C) a unidade metodológica entre ciências naturais e ciências sociais.
D) que o conjunto das ações individuais constitui a sociedade.
E) a formulação de tipos ideais vazios de conteúdo histórico.
A Sociologia surgiu no século XIX como uma necessidade de compreensão dos problemas sociais que estavam surgindo, entre eles destacaram-se a Revolução Industrial, as profundas alterações nas condições de vida do trabalhador braçal, os deslocamentos populacionais do campo para as cidades e a grande concentração urbana.
A) Física social.
B) Positivismo.
C) Coerção.
D) Mais-valia.
A) marxista, pois ela é apresentada como uma falsa consciência envolta em heroísmo, sonhos e ilusões.
B) hegeliana, já que ela aparece como sendo um chamado para o engajamento e luta para mudar o mundo.
C) gramsciana, tendo em vista que é algo de que precisamos para viver e agir, tal como uma visão de mundo.
D) de Mannheim, observando que é explícito seu vínculo com uma classe social ao tratar de poder e partido.
E) de Kant, afinal ela se revela um pensamento valorativo em relação ao mundo e sua decadência moral.
A) revolucionárias, contra a burocratização e a exploração entre classes sociais.
B) nacionalistas, contra a exploração dos nativos pelos estrangeiros.
C) intervencionistas, contra a desagregação da família tradicional.
D) liberais, contra a monarquia fundamentada no direito divino.
E) neoliberais, contra a intervenção estatal na economia.
A) Revolução Russa e Revolução Chinesa.
B) Revolução dos Cravos e Revolução Francesa.
C) Revolução Industrial e Revolução Inglesa.
D) Revolução Francesa e Revolução Industrial.
E) Revolução Proletária e Revolução Comunista.
Considere o seguinte excerto da obra O povo brasileiro, do antropólogo Darcy Ribeiro:
A classe dominante empresarial-burocrático-eclesiástica, embora exercendo-se como agente de sua própria prosperidade, atuou também, subsidiariamente, como reitora do processo de formação do povo brasileiro. Somos, tal qual somos, pela forma que ela imprimiu em nós, ao nos configurar, segundo correspondia a sua cultura e a seus interesses. Inclusive, reduzindo o que seria o povo brasileiro, como entidade cívica e política, a uma oferta de mão-de-obra servil. Foi sempre nada menos que prodigiosa a capacidade dessa classe dominante para recrutar, desfazer e reformar gentes aos milhões. Isso foi feito no curso de um empreendimento econômico secular, o mais próspero de seu tempo, em que o objetivo jamais foi criar um povo autônomo, mas cujo resultado principal foi fazer surgir como entidade étnica e configuração cultural um povo novo, destribalizando índios, desafricanizando negros e deseuropeizando brancos. Ao desgarrá-los de suas matrizes, para cruzá-los racialmente e transfigurá-los culturalmente, o que se estava fazendo era gestar a nós brasileiros tal qual fomos e somos em essência. Uma classe dominante de caráter consular-gerencial, socialmente irresponsável, frente a um povo-massa tratado como escravaria, que produz o que não consome e só se exerce culturalmente como uma marginália, fora da civilização letrada em que está imerso.
(RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p.178-179.)
Levando em consideração a hipótese do autor, em relação à formação da sociedade brasileira, às dinâmicas sociais e às formas de dominação, é correto afirmar:
A) O fortalecimento das elites empresarial, burocrática e eclesiástica se deu num processo de correlação de forças que visaram, num processo histórico de longa duração, a constituir um domínio econômico, a partir do qual as classes inferiores, por não disporem de poder e capital, foram alijadas do processo de dominação.
B) A igreja teve papel central na organização da vida colonial e imprimiu um sentido sagrado à dominação por longo tempo. Sua importância em relação à burocracia civil e às elites econômicas no Brasil foi de tal maneira preponderante, que a Inquisição se fez presente como forma de manutenção da ordem e do domínio dos portugueses sobre nativos indígenas e escravos africanos.
C) As mudanças sociais que ocorreram no Brasil desde sua colonização produziram um tipo de dominação secular, que associou as elites empresarial, burocrática e eclesiástica a um processo civilizacional intimamente associado a um estado de barbárie, em que as camadas subalternas sempre cumpriram um papel marginal no seu processo emancipação e esclarecimento.
D) O objetivo principal da cúpula patricial, toda ela oriunda da metrópole, era formar uma sociedade que fosse capaz de contribuir com a expansão dos limites territoriais da Coroa Portuguesa. Em contrapartida, essas populações nativas teriam o direito ao reconhecimento da cidadania lusitana.
E) O autor frisa que, apesar da dominação severa, ainda assim havia algum senso de solidariedade por parte das elites empresarial, burocrática e eclesiástica, sendo esses três grupos sociais responsáveis pela colonização do Brasil e possibilitando que camadas sociais inferiores, o povo, as massas, participassem da construção do país, de sua cultura e de sua unidade como “povo brasileiro”.
A) o conceito de poder tem a possibilidade de ser interpretado a partir de noções como “disciplina” ou “adestramento”, construídas no próprio sujeito, considerando ao mesmo tempo a natureza estrutural e as condicionantes macrossociais do poder que orientam os indivíduos à ação social.
B) as diferentes enunciações do conceito de poder presentes na obra de Foucault devem levar em consideração a situação dos trabalhadores novecentistas em países de Terceiro Mundo; do contrário o poder só pode ser entendido como narrativa dos opressores.
C) o poder é um fenômeno que prescinde das instituições políticas e sociais para que se manifeste e, conforme Lebrun, toda forma de poder é uma manifestação da domesticação e do adestramento do indivíduo para a ação coletiva, tendo como princípio a vigilância e a punição.
D) a explicação oferecida por Foucault possui limitações e não corresponde à realidade das relações de poder existentes no mundo moderno e contemporâneo, sobretudo quando se destaca a análise do proletariado do Terceiro Mundo.
E) as relações de poder serão compreendidas em profundidade se assumirmos como parâmetro de nossas análises os processos de colonização no século XIX e a opressão ao proletário do Terceiro Mundo.
A) A antropologia demonstra que as práticas culturais da ilha de Samoa, situada no Pacífico Sul, foram imprescindíveis na composição dos valores e da visão de mundo que orientou a formação das sociedades grega e romana.
B) Uma cultura não ocidental será de extrema importância para os estudos antropológicos, pelo fato de o isolamento geográfico permitir ao antropólogo o despojamento de seus referenciais e, por conseguinte, produzir uma ciência neutra, sem viés ideológico.
C) O estudo de nossa própria cultura está estreitamente vinculado aos padrões de sociabilidade das comunidades nativas aborígenes, daí a importância dos habitantes da ilha de Samoa para os estudos antropológicos no Ocidente.
D) Samoa constituiu um padrão importante de dinâmica social, e considerá-lo nas análises antropológicas é constatar que a etnografia precisa ser aprimorada, a fim de que a história das sociedades primitivas não seja relegada ao esquecimento com o avanço da civilização.
E) Observar as práticas culturais e todo o sistema de valores de uma sociedade que estruturalmente diferencia-se dos padrões referenciais de quem observa permite não só compreender as dinâmicas sociais dos grupos observados como também refletir sobre as categorias de análise que possibilitam a mesma observação.
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